segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

É RÁDIO NA REDE!

Quem curte a comunicação feita através das ondas de amplitude e frequência modulada (AM e FM) com certeza já notou notou a invasão virtual do veículo: rádio na web já nem é mais tão novidade assim. Mas há alguns detalhes, diferenças sutis entre alguns tipos de transmissão via rede, para os quais se deve atentar e não passar vergonha por aí, em rodas de bate-papo acerca do assunto. Então lá vai:

Podcast: é uma nova forma de baixar conteúdos de áudio e vídeo da Internet. O usuário assina gratuitamente os canais que quer e passa a receber as atualizações periodicamente, como se fosse uma série de TV.

Rádio via Web: as emissoras de rádio (AM e FM) passaram a transmitir sua programação também via Internet, o que amplia consideravelmente o número de ouvintes - o que antes era ouvido somente na sua cidade e adjacências pode muito bem ser ouvido lá na capital do Sri Lanka, sem qualquer problema. Você acessa o site da emissora, clica em "ouça a rádio ao vivo" ou qualquer coisa do gênero, e ouve.

Rádio Web: são emissoras de Internet mesmo, feitas para Internet, e que só transmitem pela Internet.

Audioblog: é tipo o blog e o flog, só que, ao invés de postar textos ou fotos, o usuário posta seus arquivos de áudio, MP3, wave, etc. Mas os arquivos não são distribuídos,como são no caso dos podcasts; eles ficam lá mesmo, no audioblog do usuário.

Há ainda as Rádios on line de sites específicos, como Rádio UOL, Terra Rádio... mas aí já se tratam apenas de seleções musicais, sem locução.

O Coordenador do Curso de Comunicação Social da UFRN e professor da disciplina recém-criada "Novas fronteiras do rádio: a rádio web", Moacir Barbosa de Sousa, afirma que o fenômeno da rádio virtual, assim como tudo o que se relaciona com a Internet, veio pra ficar. "O podcast, por exemplo, é uma boa forma para o estudante de comunicação pôr em prática, exercitar sua produção. Mas não se deve jamais deixar de estudar o rádio em sua forma de transmissão convencional, bem como a base, a história por trás do veículo e de tudo o que temos hoje“, alerta o professor.

Daí você que realmente gosta de rádio escolhe de que forma quer exercitar a sua veia profissional e/ou artística radiofônica, produzindo ou locutando na rede. Mas o ideal mesmo é conhecer todos os caminhos!

PODCAST: QUER SABER MAIS?

Etimologia: pod = vem de iPod (aquele tocador de MP3 bem baratinho, da Apple) e cast = vem de broadcast (transmissão via rádio ou TV).

Quem inventou: um ex-VJ da MTV, Adam Curry. O cara criou o primeiro agregador de podcasts e disponibilizou o código na Internet, pra que outros programadores pudessem ajudar (isso tudo em 2004). Daí Dave Winer incluiu o programa que "alimenta" os servidores e torna possível a utilização dos podcasts.

Por que é legal: o bom do podcast é que há programas na web específicos para cada tipo de público. Onde você encontraria um programa de rádio próprio para fãs de literatura eslovena? Aliás, onde você encontraria um fã de literatura eslovena???

Eu quero ser um podcaster: há tutoriais na rede que explicam bem direitinho como proceder para fazer e disponibilizar seu próprio podcast. Você vai precisar de umprograma de gravação e edição de áudio; um que funcione como servidor (alguns fazem os dois) e imaginação. Só que tem que atentar para um detalhe: caso você tenha a intenção de veicular músicas em seu podcast, saiba que aquela lei de direitos autorais e de veiculação e num-sei-o-que-mais ainda vigora, viu? E se você não quiser ter o trabalho de pedir autorização pras gravadoras, sinta-se à vontade para acessar os sites podsafeaudio.com e podshow.com, cujos conteúdos musicais*¹²³ são liberados pra galera veicular em seus podcasts. Isso pode evitar que a Polícia Federal ou até mesmo o FBI bata à sua porta. E divirta-se!

*¹²³Conteúdos musicais gringos, né? Porque a produção não conseguiu encontrar um site brasuca. - POHA PRODUÇÃO!Então, caso você encontre algum por aí, contate o Gutenbergs, por favor.

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